domingo, 2 de dezembro de 2012

Em clássico da garotada, Fla e Bota empatam no Engenhão

 

   O empate voltou a ser uma constante em um clássico carioca neste Campeonato Brasileiro. Na noite deste sábado, Flamengo e Botafogo despediram-se da competição com um empate em 2 a 2, numa partida marcada pelo brilho de jovens, poucas oportunidades claras de gol e por mais um empate no confronto direto entre os dois times. No primeiro turno, o Clássico da Rivalidade terminou sem gols.

Foi o vigésimo empate entre as equipes nos últimos dez anos (46 jogos). Além disso, outro incômodo tabu, este para o Botafogo, se manteve: o Alvinegro ainda não conseguiu vencer o Flamengo em seu próprio estádio. Pelo Brasileiro, a última vitória foi há 12 anos (3 a 1, em 2000).

GAROTADA BRILHA

Em um clássico recheado de garotos, não foi de se surpreender que eles aparecessem de maneira positiva. O inesperado, talvez, tenha sido a rapidez com que o primeiro deles deixou sua marca. Após boa triangulação entre Fellype Gabriel, Seedorf e Sassá, o garoto de 18 anos bateu no canto direito de Paulo Victor. Em sua estreia como profissional, um gol no clássico e lágrima dos familiares na arquibancada. 1 a 0 Bota, aos quatro minutos.

Os meninos rubro-negros também tinham suas responsabilidades. Adryan era o responsável pela armação no meio-campo e tocava bem a bola. Mattheus chegava mais perto do ataque e Nixon começou o jogo meio sumido. Pois o Rubro-Negro teve sua melhor chance com o filho de Bebeto. Após jogada de Nixon, Brinner cortou e a bola sobrou para o camisa 43, que isolou a bola.

   Daí em diante, o que se seguiu foi um jogo bastante duro e pegado. Faltas fortes, chegadas intensas e muitos cartões amarelos. Apenas volantes, Amaral, Jadson e Renato (este último substituindo o lesionado Gabriel, que saiu precocemente) foram os advertidos. Mas, para quem achava que o jogo seguiria sem emoção até o intervalo, enganou-se.

Vagner Love fez bem o trabalho de pivô e escorou para Wellington Silva. O lateral-direito lembrou os melhores tempos de Léo Moura, avançando em velocidade e cruzando na medida para o garoto Nixon, no único espaço livre na área. O atacante virou o corpo e acertou uma meia-bicicleta, no canto direito de Renan, fazendo 1 a 1. Agora, o choro de alegria era do próprio atacante.

MAIS EQUILÍBRIO

O segundo tempo já começou com um fato inusitado: Vitor Júnior, que entraria no intervalo, atrasou-se para entrar em campo. Com isso, o Botafogo começou a segunda etapa com Seedorf, que sairia, ainda em campo. Só quando o relógio chegou a um minuto é que Vitor alinhou na lateral para entrar em campo. Ganhou um abraço de Seedorf e uma reprimenda de Oswaldo de Oliveira.

   Mas, como o futebol muda a cada instante, não demorou nem cinco minutos para que o próprio camisa 7 virasse o rumo das coisas. Lima fez jogadaça pela esquerda, driblando Wellington Silva e Renato Santos, levou para a linha de fundo e cruzou para ele, Vitor Júnior, empurrar para a rede. Botafogo 2 a 1, e Oswaldo de Oliveira acolheu-no com um caloroso abraço.

A partida estava longe de estar definida e o Flamengo foi para cima novamente. Apesar da forte marcação alvinegra, Wellington Silva achou, na direita, o espaço suficiente para criar um novo empate. Ele se vingou da jogada de minutos antes e driblou Lima. Lançou na área e Vagner Love, com um sutil toque por cima, encobriu Brinner e Renan: 2 a 2.

Daí em diante, o Flamengo foi mais pressão e o Botafogo apostou nos contra-ataques. Com a entrada de Cidinho, houve um ganho em velocidade nas saídas de bola, sobretudo com o apoio de Sassá e Vitor Júnior. O camisa 7 parecia motivado e ia para cima da defesa, mas sem maior sucesso. O Flamengo colocou o time para frente, com Hernane e Paulo Sérgio, mas a pontaria ainda não estava das melhores.

O empate em um jogo pouco empolgante acabou sendo o fim melancólico da temporada para duas equipes que tiveram um ano frustrante, sem títulos ou vagas em competições continentais. Resta agora um mês de reflexão e planos para que 2013 seja melhor


LANCENET

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